“… Portanto, caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mateus 6:23
Infestação diabólica! O que é isso!? Como acontece!?
Sabemos que Deus nos fala de múltiplas formas e uma delas é por meio de exemplos. Revela-nos verdades eternas, através de fatos corriqueiros do nosso dia-a-dia. “Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.” (Jeremias 18:2)
Tenho aprendido ensinamentos incríveis com o Mestre!
No meu jardim, eu fiz uma plantação admirável de hibiscos. Plantei um a um. Não foram compradas várias mudas de uma só vez, não! Comprei uma a uma, em tempos diferentes, escolhendo-as minuciosamente… Desta forma, fiquei com uma plantação diferenciada, pois em cada pé um tipo distinto de flor. Eu mesma as cultivei. Antes de plantá-las eu afofava a terra, adubava-a e, com cuidado, então ali botava aquelas mudinhas pequeninas. À medida que eu as regava e delas cuidava, protegendo-as de maneira que elas estivessem sempre adubadas e hidratadas, elas cresciam e, eu, mais me entusiasmava, alegrando-me na expectativa das flores… Quando a primeira flor surgiu foi uma verdadeira festa na minha alma. Assim elas foram crescendo, repletas de flores, embelezando o jardim. Ficaram da minha altura, cheia de flores, cada uma com o seu resplendor próprio. Toda manhã eu as contemplava maravilhada! Até que…
Comecei a notar umas flores deformadas, outras meio raquíticas. Imediatamente procurei saber a causa… Que tristeza! Pulgões. Ao verificar todas as plantas, observei que, em um pé apenas, havia os: “estraga-prazer”, aqueles minúsculos e imperceptíveis pulgões. Iniciei, então, uma verdadeira guerra àqueles intrusos. Foi um processo, digo processo, por consistir em várias etapas.
Primeiro foi água de fumo de corda, depois aplicação de veneno… Não adiantou! A seguir descobri que eles gostam dos “brotinhos” e dos “botões” e ali se alojavam. Comecei a matá-los com as próprias mãos. Nesse ínterim, sem eu perceber, eles foram penetrando de uma planta à outra, enquanto eu ora colocava veneno ora matava com as mãos e, somente, quando as flores de todos os hibiscos ficaram deformadas percebi que houvera uma infestação generalizada. Busquei orientação na floricultura e também com quem entende de flores e, tudo, o que me foi orientado de nada adiantou.
Consultando na internet descobri uma forma diferente. Tirar os pulgões com jatos d’água fortíssimos… Em vão! Outro site orientava passar água com detergente… De nada valeu! O que me restou fazer!? CORTÁ-LOS!
Foi outro processo, porque fui cortando em etapas, na esperança de salvar alguns. No primeiro instante cortei o pior, aquele que estava, totalmente, tomado pelos pulgões. Depois de um tempo foi à vez do que estava mais próximo dele, pois estava inaproveitável, devido à contaminação. E assim sucedeu nos meses seguintes: um a um, foram sendo cortados, até que dias atrás, com dor no coração, eliminei os dois últimos. Os que eu mais gostava!
Cada etapa desse processo, o Espírito Santo usou como ilustração, para me ensinar lições importantíssimas. Mas, nesta mensagem vou me ater somente à última instrução.
Quando eu sofria, pensando no quanto eram bonitas aquelas flores e como o meu jardim estevera lindo por um bom tempo, me veio à mente a queda de Lúcifer.
Era como se o próprio Deus estivesse a confidenciar a Sua dor comigo. E Ele dizia: Como você, Eu também plantei. Eu criei com o maior carinho, cuidei, vi crescer, fiz o melhor que pude, pensei que só me daria alegria e… (Ezequiel 28 e Isaias 14) Lá estava ele… Querendo ocupar o meu trono, desejando ser como Eu. Envaidecido com sua perfeição e formosura, sua posição de destaque entre os demais anjos, seus dotes pessoais… Não sabia ele, que toda sua luz não era luz própria e sim o reflexo da minha PRESENÇA! Enquanto ele estivesse na minha Presença, seria um anjo de luz, mas no momento que se desviasse de mim a luz se tornaria trevas. E assim foi que, quando dei por mim, ele já havia contaminado uma boa parte dos anjos. Pois, como os pulgões eles vão aos mais novos, os brotinhos e botões, por serem mais fáceis de ser ludibriados e… Desta forma, ele falou, argumentou, deu a entender, convenceu… Assim, 1/3 dos anjos já haviam sido corrompidos. Todos foram contaminados por ele. (Apocalipse 12:3). E ele, não sabendo o que o aguardava, feliz pensava: “Sentarei no trono e serei como Ele”.
Nesse instante, enquanto o Senhor me falava, parece que vi, quando a lágrima começou a rolar pela Sua face… Pareceu-me ouvir um grito de dor sufocado em Sua garganta… Quando então me disse: “Eu, como você, queria poupá-los, mas não teve como! Eles estavam tão contaminados, tão deformados no caráter, que não restou outra solução a não ser criar um lugar de acordo com a personalidade deles. Criei o inferno”. “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mateus 25:41) E o Senhor prosseguiu dizendo: “ Pois tudo o que eles viessem a produzir daqui para frente, como as flores deformadas pelos pulgões, seria de acordo com sua deformidade no caráter. Todos seriam a própria personificação do mal!”
Portanto, o Senhor me falou sobre a “síndrome de Lúcifer”. Transmitiu-me o entendimento de como funciona a rebelião. O diabo vem e coloca “um pulgão” em uma mente. Esse pulgão vai se multiplicando no pensamento até que, “A boca fala do que está cheio o coração”, à semelhança de um vulcão quando entra em erupção e todo aquele fogo (veneno) vem a lume. E suas larvas atingem, mais, os que estão mais próximos, no entanto, as fagulhas (que são larvas também) acabam por atingir aqueles que estão mais distantes.
“Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes cousas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe ela em chamas toda a carreira humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno… A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é veneno incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. MEUS IRMÃOS, NÃO É CONVENIENTE QUE ESTAS COUSAS SEJA ASSIM. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” (Tiago 3:5 a 11)
Quero conduzi-los à reflexão, para que jamais haja em nosso meio uma raiz de amargura, que vindo a crescer contamine a muitos.
“Encha o seu coração de amor e espalhá-lo-á por onde fores.” Leiner Mara.
Entristecida,
Observando as lágrimas do Senhor,
Leiner Mara.
Primeira Essência – Anderson Freire.wmv
Primeira Essência
Anderson Freire
Estou no meu jardim
Tranquei a porta, abri meu coração
Reguei minhas raízes com minhas lágrimas
Gotas de adoração.
Senhor, não quero que os meus olhos
Percam o brilho do primeiro amor
Não quero que em mim se perca
O desejo de te adorar.
((Coro))
Vem, Senhor, e me resgata todos os dias
Só pra te adorar
Quero ser seu bom perfume
Primeira essência
Teu jardim particular.
Vem sobre mim, Senhor
Te adoro.
Comente post