“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida de fé que Deus repartiu a cada um.” Romanos 12:3
Existem “N” fortalezas que o inimigo prepara para instalar nos seres humanos. Compete a nós descobrirmos aquelas que ele já implantou em nosso ser e, com a sabedoria de Deus, destruí-las uma a uma, não permitindo que elas nos escravizem a tal ponto, que nos torne vencidos e, portanto, súditos do vencedor. Se não a destruirmos, elas nos destruirão.
A Bíblia declara que: “O vencido torna-se escravo do vencedor.” (2 Pedro 2:19) Quantos de nós temos vivido uma vida de escravidão! Pois agimos daquela maneira que Paulo diz: “Aquilo que não quero isso faço.” Eis então algumas perguntas que devemos nos fazer: Por que isso tem acontecido na minha vida? Por que não consigo forças para vencer a mim mesmo? Por que mesmo sabendo o que é correto acabo por fazer aquilo que sei que não é o certo? Por que sempre caio no mesmo erro? Onde tenho falhado? O que tem me dominado? Quais são minhas fraquezas?
Na verdade, todos nós, temos a tendência natural de achar que somos bons ou, até mesmo, melhor do que os outros; pois não vemos com facilidade nossos erros, já os do próximo são visto com tanta facilidade! Julgamos os erros dos outros e nos esquecemos dos ensinamentos divinos: “Quem está em pé cuide para que não caia.” “Com a medida com que medirdes vos medirão também.” “… Não pense de si mesmo além do que convém”.
É importante que sejamos simples e puros o suficiente, para saber que todos nós somos frágeis e suscetíveis à queda e que estamos inseridos em uma guerra espiritual, onde o inimigo de nossa alma tem um plano claro e específico. “Matar-nos, roubar-nos e nos destruir”. E que a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra hostes organizadas da maldade, nas regiões celestiais. Devemos, portanto, nos revestir da armadura de Deus para podermos ficar firmes contra as astutas ciladas do inimigo; pois a hora que não vigiarmos, que deixarmos uma brecha, por menor que seja ela, ele entrará em nossa vida, e virá com sete espíritos piores que ele e então seguros na sua fortaleza, nos influenciará a agirmos sob o seu comando.
Como vencer essa batalha? Como não cair na armadilha satânica? Como ser luz do mundo e sal da terra e mesmo em meio a uma geração pervertida e corrupta conseguir resplandecer?
Observando a queda da raça humana, atentamos para uma verdade espiritual tremenda, que é apontada como a causa primeira da tentação ter conseguido vencer Eva. Sabemos que ela foi tentada na carne, alma e espírito. É notável que aos olhos de Eva, ao contemplar aquele alimento o sentiu desejável. A mente ao raciocinar pensando no conhecimento e entendimento que comê-lo geraria, fê-la balançar tentando-a fortemente levando-a pensar nos aplausos e glória que isso provocaria. Seu espírito não resistiu ao meditar no poder espiritual que teria e que, então, seria como Deus. Ah! Não pensou duas vezes… Desobedeceu a Deus! Fez o que era mau aos olhos do Senhor, caiu… Levando consigo toda a raça humana!
Mas onde estava a fortaleza? Porque não foi naquele momento da tentação que ela caiu. Ela errou quando não vigiou e deixou Satanás alojar-se através de uma fortaleza. Tendo então este lugar seguro na alma de Eva, ficou fácil manipulá-la, instigando-a a desobediência, colocando nela o desejo dele e não o dela ou o de Deus. Que fortaleza era essa?
“Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da SIMPLICIDADE E PUREZA devidas a Cristo.” (2 Coríntios 11:3)
Para entendermos melhor a fortaleza do inimigo na vida de Eva, veremos o significado de simplicidade e pureza, segundo o dicionário web.
SIMPLICIDADE: Modéstia – comedimento, equilíbrio, prudência, moderação, meio-termo. Naturalidade – Brandura, desafetação, doçura, ingenuidade, inocência, singeleza, simplicidade. Singeleza – doçura… O contrário de Simplicidade é: pompa, fausto, ostentação, arrogância, presunção, soberba, esnobismo, imponência…
PUREZA: Inocência, Candura… O contrário é: Malícia- (esperteza, astúcia, vivacidade, sagacidade…).
Logo, mediante o discernimento espiritual de que antes da tentação ser concebida e dar À LUZ O PECADO, existe todo um processo diabólico, no sentido de formar nosso caráter, moldando o nosso temperamento de acordo não com o propósito de Deus e sim com a personificação do mau. Devemos sondar nossa mente e coração, para detectarmos aquelas áreas fracas e trabalharmos conjuntamente com o Espírito Santo, para extirpá-las de nossa vida.
Um dos grandes laços sutis que o inimigo tem lançado sobre a humanidade, e principalmente nos cristãos, vai além do corpo e alma. Ele pretende atingir o espírito, que na verdade é o EU real, pois somos um espírito, habitamos em um corpo físico e possuímos uma alma. E, assim sendo, a verdadeira vida é a vida espiritual. A vida de Deus habita em nosso espírito pela pessoa do Espírito Santo. (Os que foram recriados em Cristo Jesus). Sabendo disso, o diabo trabalha incansavelmente para poluir a alma e contaminar o espírito e, para isso, ele desperta no ser humano o desejo de ter poder espiritual, criando a expectativa de glória advinda do místico e transcendental, quando o certo era desejar esta capacidade não para receber aplausos e sim para, com o poder de Deus, destruir as obras do diabo e fazer com que o reino de Deus cresça cada vez mais, com as almas que foram arrancadas do inferno com o uso dessa força.
Só existe uma arma apta para desfazer as cadeias diabólicas, formada à semelhança de uma teia de aranha, com fios imperceptíveis de sutilezas e sofismas, esta arma é: A PALAVRA DE DEUS!
“A Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir ALMA e ESPÍRITO, juntas e medulas, e É APTA PARA DISCERNIR OS PENSAMENTOS E PROPÓSITOS DO CORAÇÃO.” (Hebreus 4:12) Agora, precisamos estar atentos às nossas motivações. O que nos leva a querer, a agir, a realizar… Isso em todos os aspectos do nosso viver e, principalmente, no âmbito espiritual. Nossos desejos devem ser provenientes de um coração puro e uma fé sem fingimento, fundamentados na vontade sincera de satisfazer os planos e propósitos reais de Deus.
Como usar esta arma espiritual? “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18)
Quando nos expomos ao poder de Deus, através de sua Palavra, à medida que nos enchemos das verdades eternas, damos ocasião ao Espírito Santo de forjar em nós o caráter de Cristo. Por isso a nossa motivação deve ser correta, pautada nos desejos espirituais de Deus e não na soberba da nossa alma. Pois somos exortados quanto ao perigo do apartar-se da pureza e simplicidade, dando lugar à soberba. “A humildade precede a honra e a altivez de espírito à queda.” “à frente da humildade vai à honra.” “A soberba precede a ruína”.
“O sábio escala a cidade dos valentes e derriba a fortaleza em que ele confia.” Provérbios 21:22
Quero convidá-lo a este empreendimento: Vamos destruir as fortalezas do inimigo?
Com a mão na massa…
Leiner Mara.
Ludmila Ferber – Nunca pare de lutar
Vitória no deserto-Ministerio Hebrom
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