Permissão para Matar
21/03/2012
Chris Cruz, pastor e parceiro do Jesus Culture, fala sobre o pecado, o juízo e a misericórdia
Há uma história no Evangelho de João, onde uma mulher apanhada no ato de um terrível pecado é trazida até Jesus. Havia ali uma multidão de fariseus prontos para dar a ela o que a lei diz que ela merece, que é a morte. Jesus diz a eles: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (João 8:1-11) Ele estava dizendo que qualquer um na multidão que nunca tivesse pecado tinha a permissão para matá-la. Ele permitiu que eles fossem em frente, que a matassem, mas somente se eles não tivessem nada pelo qual devessem ser mortos por si mesmos.
O problema era que os fariseus julgaram esta mulher. Eles não estavam olhando para ela para restaurá-la, mas para matá-la. Se tivessem prestado atenção aos ensinamentos de Jesus, eles saberiam que Jesus teria pego o juízo deles e devolvido para eles novamente. Jesus ensinou: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados.Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.” (Mateus 7:1,2).
Quando Jesus disse: “aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (João 8:7) Ele estava simplesmente medindo-os com a mesma medida de julgamento que eles estavam usando contra esta mulher. Era como se Ele estivesse dizendo: “Você quer que ela morra? Ok, agora eu te pergunto se você deve morrer. Se você nunca pecou, então você pode matá-la.” Ele os convidou a matá-la se eles não merecessem ser mortos por si mesmos.
É claro que Jesus sabia que eles eram pecadores pedindo punição a outro pecador. Ele estava dizendo que eles estavam em terreno instável. Se o julgamento devia ser feito naquele dia, Ele estava procurando por um juiz perfeito para fazê-lo. Jesus os expôs. Ele expôs o solo fraco que estava sob os pés do fariseus e que eles não estavam em Deus.
Jesus sabia que Ele era o único na multidão que tinha permissão para matá-la. Ele foi o juiz perfeito que não precisava de misericórdia ao passo que os fariseus necessitavam da misericórdia pelos pecados. Ele era sem pecado. O julgamento só poderia vir de alguém que não pudesse ser julgado. Ele foi o único que tinha permissão para matar, e estes homens condenaram si mesmos em sua falta de misericórdia. Quando retornarmos para a história, vemos que uma vez ouvindo isso, a multudão percebeu que não podia ficar sob o peso de ser um juiz perfeito e eles começam a sair. Jesus, sendo o juiz perfeito, que nunca pecou, o único que poderia julgá-la, puni-la e matá-la, deixou-a ir! O único com permissão para matar deixou-a ir. Ele mudou as coisas para sempre naquele momento. Jesus estava revelando como Deus lida com uma pessoa em pecado, Ele dá misericórdia àqueles encontrados em seus pés.
A verdade é que o único com permissão para matar, me deixou ir, deixou você ir, e deixa todo mundo ir. Jesus não só deixou claro como Deus lida com uma pessoa em pecado, mas como lidamos com uma pessoa em pecado. Arrogância só me permite reter misericórdia e não deixar ninguém ir. O humilde entende o que recebeu na cruz e oferece misericórdia. Se chegamos a julgar alguém é porque perdemos de vista a misericórdia que todos nós precisamos. Misericórdia é o nosso chamado e nunca devemos entrar e acreditar que temos permissão para matar.
Chris Cruz
Chris é casado com Lana Cruz e é pastor na Igreja Betel onde tem parceria com o Jesus Culture
Fonte: www.jesusculture.com / adorando.com.br
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