“Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador.” Provérbios 18:9
Sorte ou consequência? Eis a pergunta que não quer calar!
Às vezes, presenciamos pessoas reclamando da sua vida, no tocante a prosperidade financeira. E quando estas são cristãs, até citam o que Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10) Outros até relembram que são dizimistas fiéis mencionando Malaquias 3:11 “Trazei todos os dízimos na casa do tesouro… E PROVAI-ME nisto… Se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênçãos sem medida.” Então, eles dizem não entender o porquê de seus insucessos financeiros. Seria falta de sorte?! Seria consequência de alguma atitude errada?!
Meditando sobre isso, observei que um dos fatores que faz com que haja frustração, quanto às expectativas de fé é, justamente, a falta de entendimento no discernir a Palavra de Deus, pois quando se fala das promessas acima citadas, não se diz respeito somente à vida financeira. “Vida abundante” no original grego significa: ZOE – “Vida de Deus” e, realmente, tanto esta promessa quanto a outra fala de abundância, portanto, em todos os sentidos. Mas… A verdade é que essas promessas não andam sozinhas. O simples fato de dizimar, não quer dizer que você não fará nada. Por isso a meditação hoje é sobre NEGLIGÊNCIA (Descuido, desleixo, relaxamento, desmazelo…).
Para não delongar na reflexão, transcreverei uma parábola, cuja fonte desconheço. Ela demonstra com nitidez que, às vezes, a nossa falha está na preguiça, procrastinação, falta de zelo, ou seja, sermos negligentes, deixando para depois, ou não fazendo nunca o que deve ser feito ou até mesmo, como na parábola abaixo, deixando nas mãos dos nossos subalternos, sem nem mesmo orientar, acompanhar ou até fiscalizar se o trabalho está sendo bem realizado.
Um granjeiro pediu certa vez a um sábio, que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou em uma caixa, que fechou e entregou ao granjeiro, dizendo:
“Leva esta caixa para todos os lados da sua granja, três vezes ao dia, durante um ano.”
Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo segurando a caixa, encontrou um empregado dormindo, quando deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos sem alimentar. E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os gêneros.
A partir daí, todos os dias ao percorrer sua granja, de um lado para outro, com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.
Ao final do ano, voltou a encontrar o sábio e lhe disse:
“Deixa esta caixa comigo por mais um ano, minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto.
O sábio riu e, abrindo a caixa disse:
“ Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida. ”
No papel havia escrito a seguinte frase: “ Se queres que as coisas melhorem deves acompanhá-las constantemente”. (Parábola árabe)
Podemos observar na parábola aquele ditado popular: “O olho do dono é que engorda o porco”. Assim sendo, é interessante aprendermos que não devemos ser zelosos somente no que diz respeito a dinheiro, mas sim a tudo o que fizermos. Devemos fazer tudo com carinho, atenção, esmero e, principalmente o desejo de fazê-lo. Quando entendermos que, talvez, o nosso insucesso financeiro seja a falta de tenacidade, de zelo, diligência (presteza em fazer alguma coisa). Aí não colocaremos a culpa de nossos malogros à fatalidade e sim a entenderemos como a consequência de nossas atitudes ou não atitudes.
Quero encorajá-los a cumprirem a palavra do Senhor: “No zelo não sejais remissos” (Romanos 12:11) e “Todos os vossos atos sejam feitos com amor” ( 1 Coríntios 16:14)
Zelo: no grego: spoude 1) pressa, afobação; 2) ansiedade em fazer logo alguma coisa; 3) diligência, cuidado, interesse, seriedade no trato de algo. Remisso: no grego okneros = lento, vagaroso, indolente, preguiçoso.
Você é negligente ou cuidadoso? Você faz ou espera acontecer? Você acredita que só oração resolve ou sabe que precisa haver oração e ação? Você só acredita nas promessas de Deus ou as coloca em prática? Eis algumas perguntas importantes para detectarmos a causa da falta de prosperidade, seja em qual área for, física, material ou espiritual.
Conduzindo-os a… Mãos à obra!
Com carinho, Leiner Mara.
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