“A quantidade da colheita depende da qualidade do terreno” (King James, Bíblia de Estudo Novo Testamento).
– Lucas 8: 4-15. (também Mateus 13: 1-23; Marcos 4: 1-20)
– Explicação da Parábola: Lucas 8: 11-15; Mateus 13: 23.
– Gênesis 26: 1-6 e 12.
O semeador semeia a Palavra de Deus (a semente). E foco da parábola é o solo que recebeu a semente, são os corações das pessoas que recebem a Palavra de Deus.
Por vários motivos, explicados na parábola, as pessoas deixaram de frutificar e a semente não produziu boa colheita, como: a falta de compreensão e o agir do Maligno; problemas e perseguições que os desanimam, aliados à falta de perseverança; além das preocupações da vida e da sedução com as riquezas, o que sufoca a mensagem.
– Lucas 8:6 – “Outra parte caiu sobre as rochas e, quando germinou, as plantas secaram, pois não havia umidade suficiente”.
Esse é mais um dos motivos de a semente muitas vezes não produzir: a falta de umidade. Porque, por exemplo, semear depende de FÉ, e é Deus quem manda a ÁGUA (o Espírito Santo junto da Palavra de Deus). Assim, a semente germina. A semente precisa vir com umidade, o semeador precisa da unção do Espírito Santo pra semear uma semente úmida que seja capaz de germinar e frutificar.
Mas, com certeza, ainda existem muitos solos bons por aí, aquela boa terra em que a semente germinará, crescerá e produzirá grande colheita, ou seja, pessoas que compreenderão a mensagem, que de bom coração e com sinceridade ouvirão a Palavra de Deus, a guardarão em seus corações e, com perseverança, frutificarão.
Um amigo meu que se encontra em Moçambique, África, sempre manda notícias de como tem sido bem recebido pelos africanos, de como eles se alegram em receber a mensagem do Evangelho, como pedem por Bíblias, e muitos ainda dizem que nunca alguém lhes tinha falado sobre o Evangelho. Ele tem sido um semeador que, pela direção do Espírito Santo, encontrou uma boa terra para semear.
Na época em que Jesus ensinou por meio dessa parábola o trabalho do semeador era mais precário, ele tinha que lançar as sementes com o auxílio de suas mãos, para que caíssem exatamente nas covas preparadas para o plantio (King James, Bíblia de Estudo Novo Testamento). Mas com a evolução, com a modernidade, e a grande revolução nos meios de comunicação, o trabalho do semeador, ou seja, do pregador da Palavra de Deus, ficou mais fácil, uma vez que tem ao seu alcance inúmeras ferramentas de evangelismo, a internet é um bom exemplo.
O foco, então, passa a ser a maneira como o semeador prepara a sua semente, a maneira como prepara a mensagem do Evangelho a ser transmitida aos corações sedentos por uma nova esperança, por uma nova demonstração de amor, pela esperança de conhecer Aquele que foi capaz de abrir mão de sua Majestade para, por amor, morrer em uma cruz, para que pudéssemos ser perdoados de nossos pecados e viver a vida eterna. O foco deixa de ser o solo, e passa a ser o semeador.
No trabalho, por exemplo, dos agrônomos de hoje, eles também dispõem de muita tecnologia, grandes maquinários para realizar plantios e colheitas. Mas a diferença está em como esse trabalhador vai trabalhar o solo antes de jogar as suas sementes, no uso do adubo, dos fertilizantes; depois de semear, como vai verificar se elas estão germinando, como estão crescendo; como cuidará e tratará para proteger sua plantação das pragas que poderão destruí-la, como utilizará os agrotóxicos.
Por exemplo, meu sogro muitas vezes sai de manhãzinha e, depois de um longo dia de trabalho na lavoura, chega depois das dez da noite, coberto de terra e poeira, exausto; o que demonstra que ele se envolveu, com todas as suas forças, dando o melhor que tinha preparando o solo, para que tudo pudesse crescer bem e frutificar, sem medo do que poderia acontecer, simplesmente deu o seu melhor na esperança de que possa produzir.
Os semeadores de hoje precisam, dia após dia, aprender a se envolver no semear. Se envolver com o solo, ou seja, demonstrar carinho e amor com as pessoas que pretende evangelizar, afinal o solo nada mais é do que o coração das pessoas, e corações bem preparados tendem a receber com mais fome e sede a Palavra de Deus. Mas o trabalho não termina no semear, pois, como vimos na parábola, de muitas maneiras a semente pode perecer e o diabo roubar o que foi ensinado à pessoa. Por isso, precisamos continuar o trabalho, mantendo o relacionamento com a pessoa, evangelizando, discipulando. E, ao nos depararmos com novos corações sedentos pelos ensinamentos do Senhor, não virarmos as costas, porque não sabemos quem será a pessoa que frutificará cem, sessenta ou trinta vezes mais do que foi semeado, ou seja, que produzirá uma grande colheita. Não devemos ter medo do que pode vir a acontecer, mas devemos dar nosso melhor, sabendo que a Palavra de Deus, certamente, não voltará vazia.
Certa vez quando eu evangelizava uma amiga, não cheguei a falar tanto da Palavra de Deus, mas me dediquei em dar carona para os cultos, em dar conselhos, caminhar junto e estar sempre pronto para ser um bom amigo. Ela se converteu e recebeu a semente da Palavra de Deus, e hoje já ganhou muitas almas pra Jesus, evangelizando outras pessoas. Imagina se eu não estivesse disposto a semear? Eu estaria impedindo que ela frutificasse e fosse usada por Deus, e mais, não me colocaria na posição de semeador.
“A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”. E “a criação geme pela manifestação dos Filhos de Deus”. É hora de sairmos para o campo, de trabalharmos em prol do Reino de Deus, de sermos exímios semeadores, que se envolvem dando o melhor que têm para engrandecer o nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
– Gênesis 26: 1-6, 12.
Basta guardarmos os mandamentos do Senhor e obedecermos a sua voz, porque assim como a Isaque, Deus liberou a promessa de multiplicar nossas sementes (Gn 26:4). E, se semearmos, com certeza, Ele abençoará a nossa colheita, porque a semente não perece, e a Palavra de Deus jamais volta vazia. Sejamos semeadores do Senhor.
Assim, como a quantidade da colheita depende da qualidade do terreno, devemos a cada dia mais nos envolver com as pessoas, com amor, entendendo que seus corações são os terrenos em que pretendemos semear a Palavra de Deus, e que, para que produzam uma grande colheita, têm que estar em ótima qualidade. Além disso, precisamos pedir a Deus que nos guie e que prepare cada uma de nossas sementes com o toque do seu Espírito Santo, para que, ao lançá-las, elas venham a germinar e crescer, e havendo umidade suficiente elas não sequem.
VENIZELOS PAPACOSTA NETO
Ministração ISEJEC- Rio Brilhante-MS, fevereiro de 2011.
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